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Ubuntu 11.10 opinião de Game Developer

Comecei nesta quarta a usar o novo Ubuntu 11.10. Eu pulei de propósito o 11.04 por ter dificuldade em achar tempo para fazer uma formatação geral no maquinário.

Como Game Developer eu posso lhes passar a impressão de quem precisa de um sistema operacional que precisa ao mesmo tempo atender necessidades da parte artística e e funcional dos jogos (design e programação).

Caso precisem da opinião de alguém mais conceituado recomendo a divindade brasileira Mozzart Couto.

Na tela acima esta a principal razão de impacto pra quem utiliza um Linux ou mesmo Mac em relação à concorrência. A utilização de vários espaços de trabalho torna o a nossa mente, que em geral é uma zona de ideias contínuas que ocorrem ao mesmo tempo, em um lugar ordenado por secções mais fáceis de manipular.

No geral eu divido em 4: social, programação, 3D e outros (no caso 2D).

Também pude retomar os projetos em menos de 1 hora após a formatação, onde para comemorar comecei a Brasília Amarela e mais tarde um rascunho de cena.

Teve uma hora durante a formatação que fiquei preocupado pois o sistema parou de responder, talvez estivesse baixando alguma coisa da Internet e não apareceu mostradores.

Vamos ao pós instalação:
A primeira coisa que me espantou foi ver TODOS as minhas pastas na Área de Trabalho.


Este problema deve ter ocorrido pelo meu processo de formatação, que não é o mais simples mas é muito adequado pra quem não tem condições de fazer um backup de 900GB. O processo é:
  1. desligar os cabos a HD de dados
  2. formatar/ferrar/zerar e instalar tudo na HD de sistema
  3. reconectar a HD de dados e configurar a /home no arquivo /etc/fstab
Mas tudo é facilmente resolvido editando o arquivo:
~/.config/user-dirs.dirs


Como eu já esperava a Waccon funcionou 100% sem precisar fazer nada, lembro que no 10 eu tive que desliga-la do PC para instalar o sistema.
Na verdade o driver esta tão bom que esta usando TODOS os recursos da tablet sem que eu tivesse que fazer nada.

O driver da NVidia esta operando normalmente também.

O plugin do Flash também veio 100% na versão 11, atormentei a galera aqui de casa com a abertura dos Ursinhos Gummy XP


Em seguida tentei rodar meu jogo, o instalador funcionou legal baixando as 2 unicas dependências que pude identificar até agora e tudo rodou 100%.

Instalar o Blender me deixou cabreiro. Pois não uso a versão dos repositórios, mas sim a versão mais atual e estável. No caso a 2.58.
Só que ao baixar o software ele roda normal, mas não consegui de forma alguma adicionálo à lista do menu do sistema!

Tive que me contentar em criar um atalho .desktop e coloca-lo na barra lateral. Solução que acho meio porca já que não curto ícones poluindo a tela.
Na comunidade não puderam me dar uma dica de como resolver isso diferente da solução que encontrei. Acho que tem algum banco de dados de aplicações escondido em algum lugar para isso, mas eu encontro mais tarde.

Outra coisa não muito boa foi a navegação por pastas.
Geralmente só digito as primeiras letras do nome da pasta e dou um Enter e na pasta seguinte repito digitando as primeiras letras...
Só que no novo Ubuntu ele "não" esta apagando o conteúdo da caixa de digitação quando eu entro numa página. Oque esta tornando a navegação por pastas meio lenta (sim, eu sei que o mouse esta do lado mas não tenho a menor paciência para procurar o maldito).
UPDATE
Após uma correção do sistema esse problema foi resolvido.

Central de Programas
Muito boa, todos os programas estavam lá.
Na hora de instalar ela mostra recomendações de adicionais, plugins e etc. Bem como opiniões de outros usuários.
Os downloads ocorrem rápido e você pode continuar usando a Central enquanto a instalação de um aplicativo ocorre.
E não difere muito do Synaptic. No entanto instalei o Synaptic para tarefas mais "espartanas" como localizar dependências especificas. Mas isso foi nos primeiros momentos e já faz dias que não recorro a ele.

Multimedia
O Banshee, player padrão de musicas, deu umas travadas violentas no inicio. Mas agora parou. Suspeito de algum problema com o gstreamer talvez durante o mapeamento de minhas coleções, são 50 MB acho.

Rede
Umilha as versões anteriores do Ubunto pela simplicidade. Eu estava preocupado em fazer ajustes manuais usando o VIM, mas basta clicar com o direito no ícone de rede e você resolve tudo ali.

Ubuntu One e Dropbox
Comecei a usar agora o Ubuntu One, obviamente irei criar uns links para as pastas do DropBox. Isso é outro fator que faz você amar o sistema, clicar com o direito e escolher "criar link" e cola-lo em qualquer lugar e deixar de se preocupar com onde os arquivos estão é muito bom para projetos complexos.

Escritório
Estou com preguiça de clicar nos ícones do OpenOffice... já entrei usando o Acrobat da Adobe e o Docs do Google.

Preparar para desenvolvimento
Aqui não muda nada. Apenas nas minhas posturas pessoais porque dessa vez baixei o Eclipse completo e não apenas o CDT. Afinal vou portar isso para o Android.

O Eclipse mostrou alguns bugzinhos ao se integrar com o Unity do Ubuntu na hora que você precisa de uma barra de rolagem. Nada que o scroll do mouse não resolva.

Aqui também você tem que usar um pouco o terminal. Apesar de eu ser um absoluto desencorajador do uso do terminal ele é meio necessário ao desenvolvimento.
(sim acho que ficar exigindo e estimulando o terminal é coisa de usuário Linux que quer que usuário comum use Linux mas não dá a o outro a liberdade de usar o sistema como ele quer usar).

Preparando para a parte artística
Como todos os documentos que trabalho estão em "cloud" não mudou nada na hora de escrever roteiros e ideias, qualquer sistema operacional meia-boca resolve.

Quanto aos softwares gráficos faltou alguns como Hugin, Pitivi, WinFF, Synfig Studio, Scribus, GIMP, MyPaint, Audacity, etc. Bom, Central de Programas e pronto.

Geralmente uso o Ubuntu Studio que vem com a maioria mas dessa vez resolvi experimentar uma versão mais  normal para ver se evita conflitos de bibliotecas.

Conclusão
É um ambiente com algumas mudanças mas o básico e primordial ainda esta lá. Resta me acostumar às mudanças já que elas são inevitáveis.

O Ubuntu é um sistema que me ajudou a entrar na "Nuvem" e me deu mais contato com um mundo onde tudo é em rede. Esta foi a principal razão pela escolha dele, ele não tem uma liberdade apenas de escolha, mas uma liberdade de comportamento. E indo a fundo uma oportunidade de aprender como a realidade funciona dentro de um ambiente de rede, para quem vive e trabalha com Internet é talvez a melhor escolha.

Comentários

  1. Boa avaliação. A maioria dos comentários que vejo por aí são simplesmente 'Ficou tudo diferente, eca!' ou 'Dãa, GNOME3?'.
    Porém, acho que a cada atualização da distro, o sistema se torna menos configurável pela interface.
    Claro que pela linha de comando você tem tudo, mas estava tão bom do jeito to 10.04... Bastava ir em "Iniciar">Sistema e tinham todas as opções de configuração.
    Agora quando eu entro em "Configuração do Sistema", só dá pra modificar umas coisinhas bem nada a ver.
    Customização, pelo jeito, não foi o forte desse upgrade.

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  2. Pior que realmente a customização esta deixando a desejar.
    Um simples botãozinho "adicionar lançador" naquele menu de navegação resolveria muita coisa.

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Como fiquei sabendo que um pobre blogueiro foi processado por um comentário anonimo esses dias, so me resta me precaver contra a ineficácia da legislação em tratar o meio online. Mas eu prometo que libero rapido ^_~