A personagem vitima e herói

Há duas facetas instáveis quando se trata da imersão de personagens como Cibele, isto me retornou à cabeça esta manhã quando fazias os últimos desenhos da introdução do jogo e tentava da ordem a zona pondo uma progressão na história narrada no vídeo.
O problema é que a imagem de Cibele sofrendo as consequências dos eventos é uma a de mocinha em perigo assustada e querendo mandar tudo a merda e fugir dali, mas essa é a ideia a apresentar. Mas ao mesmo tempo sendo ela o personagem do jogador ela acaba tomando um papel ativo de heroína.

Esse é o tipo de técnica para imersão usada em muitos jogos como American McGee’s Alice e Alice Madness Returns, a ideia é cativar o jogador instigando seu instinto de paterno e protetor. Bom, em Alice funciona perfeitamente mas com Cibele posso ter dificuldades já que muita coisa é puxada para o cómico e trash então já não sei se na hora que a emoção fica oposta o jogador vai sentir a adrenalina. Mas não custa tentar seguir esse caminho.

E a outras técnicas...

[Prefeito] Mas Ipiraporinha está bem no meio do vale, se o vulcão entrar em erupção nós vamos todos arder!
[Cibele] ‘Guenta ai Seu Prefeito, que eu dou um geito :P
[Cibele liga o celular] Oiii Coisa Ruim! Sou eu Cibele (a dos peitões) eu achei um barzinho aqui que tem um fliperama com Double Dragon e precisava de um herói forte e viril pra jogar de dupla... a você também podia me ajudar a mudar uma cidade de lugar, é coisa rápida?
[Prefeito, Poliça, etc...] Vichi Maria Santíssima a bruxa tem pacto com o “Coisa Ruim”!!!!

Note que aqui nesse dialogo tem mais um elemento latino na concepção de bruxa: o poder pelo conhecimento.

Porque esse lance de bruxa voando e soltando raio é coisa de Disney, pra nós o poder vem da sua imersão nas forças ocultas. Bom uma bola de fogo aqui e outra ali não traz problemas de aceitação.

A ideia inicial, inclusive é uma que alguns amigos sugeriram sem antes mesmo conhecer o enredo, era dela ir pegando personagens pelo caminho e esses super-poderosos ajudariam.

Isso daria a sensação de poder ao jogador, ao mesmo tempo que seria a realização do roteiro.

Pois Cibele realmente evolui pouco, na ideia de mangá que  ela se originou ela nem evolui, só evolui aqui por motivos de jogo mesmo.

Vamos ver se esse caminho funciona.